🔹Os pais de Vivi estavam tão ocupados de seus próprios problemas e pouco espaço tinham para olhar para suas filhas, e com isso, Vivi não aprendeu a se olhar.
🗣️Com toda instabilidade que viveu das brigas e separações dos pais, e carente de uma estabilidade em um momento de infância onde somos tão frágeis e imaturos, e estamos nos estruturando psiquicamente; ela desenvolveu uma habilidade de leitura das pessoas, para saber se aquele dia ia ser de briga ou ia ser tranquilo... que levou pra vida!
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👓 Hoje é muito fácil olhar para o outro, querer ser alguém para o outro, se apegar às pessoas e desejar fortemente carregá-las para sempre em sua vida (medo de outras perdas).
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🤔Outro aspecto é a extrema preocupação em como o outro a avalia (se agrada ou não), pois, como a mente da criança é auto-centrada, ela entende algumas vezes que a separação e briga dos pais pode ser por sua culpa; e hoje, nas suas relações atuais, carrega este mesmo mecanismo mental...
😔 Perder alguém é seu maior pesadelo, é quase que perder-se. E passou a desenvolver suas relações fora da dinâmica familiar com toda esta influência e carga. Vivi não sabia que sua infância com seus pais tinha definido tanto sua dinâmica de interação com as pessoas. Perdoo tudo como forma de não perder mais pessoas em minha vida! Ao nunca olhar para esta característica, será que nunca se permitiria escolher não estar com alguém? Sempre é deixada pelos outros, porque o oposto não pode acontecer! A importância dos pais no momento de estruturação da psique da criança...
Hoje, o que mais quero para Vivi é encontrar junto dela sua estrutura emocional: ela é uma mulher linda, trabalhadora, se sustenta financeiramente, mora em sua casa, vai casar-se. 🌸
🍃Quero que ela saiba que ela sempre terá a ela mesma, que as pessoas podem ir e vir, mas que ela sempre estará, com suas enormes habilidades sociais, seu divertimento, sua leveza e alegria. Quero que ela sinta-se livre para falar de suas dores e mostrar seus lados sombrios e que não por isso, as pessoas vão deixá-la.🦋
Marcela Jacob
Psicóloga
Alterações na história real foram feitas para garantir o anonimato do paciente*.