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Visita ao PIVI – Projeto de Incentivo a Vida


Recentemente, no grupo de meditação que frequento, recebi uma tarefa de visitar um uma instituição de ajuda a crianças. Fui então conhecer o Instituto PIVI, Projeto de Incentivo à Vida, com mais 3 amigos. O PIVI é uma entidade de natureza filantrópica que atua na área de assistência social a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade pessoal e social, oferecendo um lar e uma chance de futuro a jovens vindos de diversas situações de risco. O PIVI foi fundado em agosto de 1993, por uma senhora chamada Rosa, cuja história se assemelha a das crianças que são acolhidas por ela. No Youtube há um vídeo explicando com mais detalhes, no link  http://www.youtube.com/watch?v=Vso-bWESmqI.

Nós chegamos ao PIVI um pouco antes do horário de almoço, e fomos muito  bem recebidos pelos jovens e funcionários. Logo, uma funcionária veio nos apresentar todo o projeto, instalações e atividades, e nos explicou sobre as parcerias com outros projetos sociais.

No início de nossa conversa, a funcionária se sentiu muito a vontade conosco, e nos contou todas as dificuldades pelas quais o Instituto PIVI passa. Dificuldades em sua maioria de ordem financeira, fato comum entra as instituições de ajuda social. Mas aí comecei a perceber um sentimento que permeia todos que trabalham nessa instituição. Percebi que, além do cuidado com o bem-estar imediato, existia também uma preocupação muito grande com a preparação desses jovens para ingressar na sociedade. Havia nessa funcionária mais do que uma simples preocupação profissional, e sim, enxergava um sentimento de mãe, preocupada com o bem estar de seus filhos. Talvez esse sentimento tenha iniciado com a Rosa, que sempre cuidou das crianças como seus filhos e se espalhou por todos, ao longo dos anos.

Fomos então acompanhar o almoço, sentamos à mesa com as crianças. Eu sentei do lado de dois jovens simpáticos e falantes, e conversando com eles percebi a sua educação, suas boas maneiras, sua simpatia, além de um claro e visível respeito fraterno entre eles. Os funcionários os tratam como filhos, logo eles se viam como irmãos. Reparei, por exemplo, alguns jovens ajudando outros, que tinham algum tipo de dificuldade motora, a se alimentar, por própria iniciativa.  Isso mostra como esse tratamento com amor por parte dos funcionários se espalhou entre as crianças. Conversando com várias delas, não consegui perceber aquela carência afetiva comum entre crianças que vivem em lares e abrigos.  A alegria é sentida em todas as partes.

Posso confirmar que esses funcionários trabalham literalmente por amor, pois ouvi de alguns deles que o salário, em diversas ocasiões, atrasou meses. Esse problema é tão real que o PIVI lançou o programa “Adote um Funcionário” para captar recursos para a folha de pagamento.

Essa dificuldade financeira é mais um argumento que confirma diversas vezes o que já escrevi neste relato. Não é por dinheiro que aquelas pessoas trabalham. É por algo maior. E no olhar de cada criança, de cada adolescente, eu consegui perceber o reflexo desse trabalho, esse “algo maior”. Fui ao abrigo oferecer carinho e ajuda, mas ao ir embora, o que ficou em mim, foi o amor que recebi deles. Eu saí de lá com a certeza que existe a bondade, e que ela é capaz de superar todas as dificuldades, e proporcionar riquezas que não podem ser medidas em reais ou dólares, riquezas que cada criança levará consigo por toda a sua vida, e que com certeza contribuirá para que estas crianças se tornem adultos que ajudarão a construir um mundo cada vez mais fraterno e acolhedor.


Para quem tiver o interesse de visitá-los ou ajudá-los segue o site, http://www.pivi.org.br.

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