Qual criança não gosta de subir em árvores? Brincar de pega-pega? Queimada? Essas brincadeiras, junto com muitas outras, fizeram parte da infância de várias gerações, e hoje estão se tornando cada vez mais raras na infância atual. Essa ausência é cada vez mais preocupante, não apenas pelo fato de essas brincadeiras fazem parte da cultura em que vivemos, mas pelo fato de promoverem às crianças experiências motoras importantes que contribuem para a formação e o desenvolvimento motor.
O refinamento da motricidade é o que possibilita ao homem sair da posição horizontal com nenhum ou pouco controle dos movimentos, ao total domínio dos movimentos refinados. Este ganho de autonomia traduz a própria evolução humana.
Desenvolver as capacidades motoras durante a infância é essencial para a construção de adultos fisicamente ativos, e muito importante para as demais formas de aprendizado, como a escrita, por exemplo, que depende da motricidade fina. Quando não há um desenvolvimento motor adequado, geram-se atrasos que são carregados durante toda a vida, e que podem influenciar em vários fatores, desde a capacidade de realizar atividades da vida diária até uma baixa auto estima, que ocorre quando o adulto não consegue realizar determinadas atividades ou movimentos.
Hoje a tecnologia exerce um protagonismo em nossas vidas, e se tornou componente essencial para o mundo em que vivemos. Ela é útil, e muito bem vinda, mas deve ser bem avaliada de forma a não substituir alguns aspectos da vida. Um pai não precisa proibir o filho de jogar videogame, ou ver TV, não precisa proibi-lo de ter um celular ou um tablet. O importante é que cada pai saiba dosar o que o filho deve ter, para que a tecnologia não substitua a vivência. Oferecer diversidade de experiências como aulas de esportes e recreação, atividades artísticas, aulas de música, que são, além de divertidas, ótimas opções para desenvolver as capacidades das crianças. Assim tornando-os adultos mais saudáveis e felizes.
Roberto Dino
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